Duas novas frutas foram descobertas na Mata Atlântica

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Duas novas frutas foram descobertas na Mata Atlântica

No Rio de Janeiro, foram encontradas, por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Jardim Botânico do Rio, duas frutas comestíveis: Uvaia-pitanga e a Cereja-amarela-de-niterói.

Em um parque que fica na região metropolitana do Rio de Janeiro, foram encontradas por pesquisadores duas frutas raras e comestíveis. A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos no que diz respeito à biodiversidade do Brasil e de todo o mundo.

Dessa forma, mesmo sendo explorada e com diversas áreas degradadas, a Mata Atlântica ainda é capaz de revelar seus tesouros. As plantas raras foram encontradas no Jardim Botânico do Rio, no Parque Estadual da Serra da Tiririca, ainda no início de 2023.

Os pesquisadores, em um artigo publicado no periódico científico Kew Bulletin, contam que as espécimes são raras, e foram encontrados apenas três exemplares de Eugenia superba e seis da Eugenia delicata. Ambas as plantas correm risco de extinção e são espécimes altas, que alcançam entre 12 e 15 metros de altura.

Em nota, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) comenta que ambas as árvores são capazes de produzir frutas comestíveis para a fauna local e para os humanos, além de flores ornamentais.

O sabor das frutas, segundo os pesquisadores, é parecido ao de goiaba.

Eugenia delicata possui troncos com uma espessa casca, que possui um tom marrom cinzento. Suas folhas são pequenas e delicadas.

Já a Eugenia superba possui um tronco que solta finas placas que, ao serem tocadas, desfarelam.

O Parque

Criado em 1991, o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) é a primeira unidade de conservação do Estado do Rio de Janeiro que surgiu a partir da mobilização de movimentos ambientalistas e comunitários. Com cerca de 3.500 hectares, está situado nos municípios de Niterói e Maricá com trilhas e diversos atrativos naturais.

O Peset, que é administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), é considerado uma importante área conservada em perímetro urbano e recebe visitantes durante todo o ano.

A Mata Atlântica, devido a diversas atividades antrópicas, hoje conta somente com 12,4% da sua floresta original, isso segundo os dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

A proteção do bioma inclui políticas públicas voltadas para a preservação da Mata Atlântica, bem como para a proteção dos povos tradicionais que habitam sua região, pois esses povos são fundamentais para a sobrevivência e conservação do ecossistema.

Atualmente, a Mata Atlântica possui cerca de 20 mil espécies de vegetais, dessa forma, se originam dela cerca de 35% das espécies que existem no Brasil. Se comparada com a Floresta Amazônica, de forma proporcional, a Mata Atlântica possui uma maior variedade biológica.

 
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